quinta-feira, 19 de maio de 2011

Carta Aberta a População Brasileira

18 DE MAIO DE 2011

Nós usuários de saúde mental portadores de sofrimento psíquico militantes antimanicomiais junto com nossos parceiros e amigos trabalhadores da saúde mental e nossos familiares engajados nesta luta nesta militância viemos denunciar e repudiar neste 18 de maio a forma como parte da mídia e setores da psiquiatria conservadora deste estado e do país vem tratando os usuários de saúde mental portadores de sofrimento psíquico. Estamos sendo vítimas de tratamento preconceituoso e agressivo por estes setores da sociedade, estamos sendo tratados como criminosos, como pessoas perigosas e que não podem estar vivendo em sociedade.

Queremos informar a bem da verdade que não somos perigosos e é fato comprovado estatisticamente de que é muito pequeno e raríssimo o numero de pacientes psiquiátricos usuários de saúde mental que por motivo de transtorno psíquico cometem algum tipo de crime ou delitos graves.

Nós não somos psicopatas somos portadores de algum tipo de doença psíquica o que não nos impede de viver em sociedade no convívio com os ditos normais.

Neste 18 de maio, data que em todo o pais se celebra o dia nacional da luta antimanicomial, dia de luta contra o sistema manicomial, queremos dizer mais uma vez e quantas forem precisas que este sistema sim que é perigoso e que ainda mal trata, prende e exclui os usuários de saúde mental dos seus mais elementares direitos que é o direito a ser tratado em liberdade e com dignidade e respeito a pessoa humana nossa solidariedade a todos os usuários pacientes psiquiátricos que sofrem com esta agressividade.

Em uma internação no hospital psiquiátrico há varias violências, como eletrochoque, contenção mecânica e excessiva medicação e só acontece porque a sociedade permite o que não tira a culpa da psiquiatria conservadora . As mesmas pessoas que choram quando vem reportagens sobre hospitais psiquiátricos são as mesmas que não aceitam os portadores de sofrimento psíquico na comunidade na escola no trabalho.

Pessoas com sofrimento psíquico não significam perigo constante a sociedade tanto que ninguém é 24 horas por dia dentro da casinha. Queremos oficializar um documento onde nós próprios possamos escolher nossos responsáveis, quer familiar ou não, para nos visitar buscar e levar em alguma instituição psiquiátrica pois muitas vezes infelizmente alguns familiares são responsáveis pelo adoecer.

Queremos lembrar a sociedade que estamos em plena vigência da lei de reforma psiquiátrica gaúcha e brasileira e hoje temos varias alternativas de tratamento que dispensa o já velho e torturador sistema manicomial dos hospitais psiquiátricos. Estamos na era dos caps, das internações em hospitais gerais, das oficinas terapêuticas, do modelo de residenciais terapêuticos, entre outros, bem como também cobramos dos gestores, quer municipais estaduais e nacional, programas que ampliem a rede substitutiva já existente. Hoje estes usuários criaram associações participam dos conselhos de saúde de grupos de trabalhos de conferencias de saúde, destes usuários pacientes psiquiátricos saíram

Poetas, artistas plásticos, palestrantes. Estamos na vida na sociedade.

Tudo que queremos é sermos tratados com respeito, com dignidade, respeitando as diferenças e convivendo com os ditos normais em uma relação de harmonia. Afinal, DE PERTO NINGUEM É NORMAL.

TEXTO AUTORIA:
USUARIOS MILITANTES DO FORUM GAÚCHO DE SAÚDE MENTAL
INTEGRANTE DA RENILA - REDE NACIONAL INTERNÚCLEOS DA LUTA ANTIMANICOMIAL

domingo, 15 de maio de 2011

Livro Livre para circular e deleitar os amantes do livro e da leitura

Na I Parada Gaúcha do Orgulho Louco, será lançado o Projeto Livro Livre para incentivar a leitura.
"Um livro de poesia na gaveta não adianta nada,
Lugar de poesia é na calçada". (Sérgio Sampaio)

Os Alegretenses estarão sendo convidados a ler e curtir um livro, sem necessariamente adquirí-lo. É o Projeto Livro Livre.
O movimento ocorre em vários lugares do mundo. A idéia é deixar os livros em locais públicos, como um banco da praça, da lanchonete, das paradas de ônibus para que pessoas possam pegá-los, lê-los, e colocá-los em outros lugares, fazendo o processo se repetir.
Organizado pela Biblioteca Comunitária do Centro de Estudos Santo Antônio e do Gabinete da Vereadora Judete Ferrari, a ação será desenvolvida dia 20 de maio, durante a I Parada Gaúcha do Orgulho Louco, nos locais públicos e prédios administrativos.
Esta ação tem o objetivo de incentivar o gosto pelo saber. Trata-se de uma legítima "corrente de leitura". A idéia surgiu durante as programações do Dia Municipal do Livro que realizou algumas atividades envolvendo os alunos de algumas escolas do município e que debateu com a escritora Virgínia do Rosário sua Paixão pela leitura e pelo livro.
Vamos lançar o Projeto LIVRO LIVRE para estimularmos os amantes do livro e da leitura a deixarem um livro nos bancos das praças e nas paradas de ônibus. As pessoas podem pegar o livro e levar para casa para ler, porém tem que se comprometerem de devolvê-lo em uma outra praça ou parada de ônibus. É para o livro circular e dar acesso a todos!
Por Judete Ferrari